A IMPLACÁVEL MÁQUINA TEMPO

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A IMPLACÁVEL MÁQUINA TEMPO

tempo vêm e some 

Mesmo após o silenciar do relógio 

Na parede o tic-tac dorme 

Mais o tempo faz-se ainda erradio 

 

Queria mesmo que por um dia poder 

Dominar a implacável máquina tempo 

Podendo reclamar com imperativo o dever 

De paralisar-me nalgum alegre momento 

 

Que cercam-me pessoas simpáticas 

Da família ,alguma amante e amigos. 

Neste lapso o homem das lotéricas 

Esqueceria desejos mais antigos 

 

De imperativos luxos 

Dá gana ao poder

Para reclamar sorrisos 

Que o tempo fez morrer