o poeta andarilho




Não se espantem amigos 

Com oque êi de lhes contar 

Aconteceu num destes domingos 

Quando em regresso ao lar 

Foi numa noite serena 

De lua brilhante 

Que sucedeu a cena 

Dum tanto intrigante 

Numa praça vazia 

Decido sentar

 Rendido ao cansaço 

Pude até cochilar 

Pois era grande a calmaria 

Então tive um sonho 

Dum tanto esquisito 

Nem lido Nem tristonho 

Más perturbou- me o juízo 

No tal sonho eu prosava 

Com um filhote de cachorro 

Que hora latia hora rosnava 

Hora soltava Um estoiro

 Assustado lancei a pergunta ;

Você é mesmo um cão? 

Respondeu me dizendo: 

_Sim! Sou um vira-lata...

E saiba que não me troco 

Por muitos de sua espécie não...

Pois sou obra do grande artesão 

Que criou à tudo 

Com amor e paixão

 Suscitou o universo e o mundo 

Após tudo pronto Resolveu fazer 

Um bicho abstrato que o nome preciso dizer?

Mas que bicho janota 

À tudo destrói 

Queima a floresta

Estraga que dói. 

Mais que bicho é esse ?

Que nome ele tem? 

_horas esse bicho é o homem. 

E se nomeou como gente! 

 mais não era você 

seu melhor amigo?

_Era. ..até que embebedou-se 

Na ambição quis tornar-se 

Deus. É meu amigo 

Dê que vale o raciocínio 

Sem um manual de instrução 

Sem mais adeus. 

Quando acordei 

Quis acreditar 

Que foi o uísque que mais cedo tomei 

Lá no Carlinhos bar .